Vejo de longe as forças do vento de agosto, sem presa nem
medo, hoje acredito nas coisas e no tempo. Tudo existe e tudo é verdade, não existem
mentiras apenas verdades, apenas uma mentira. Também não existem verdades,
apenas mentiras e apenas uma verdade. Mas tudo é vazio em realidade, e tudo
existe nele, ao mesmo tempo em que deixa de existir. E tudo é liquido quando
deveria não ser, porque tudo deveria ser solido ainda que fluindo como liquido.
Hoje acredito nas coisas e nas mentiras que me contam, pois muitas verdades se
escondem nelas. Não quero nada ainda que esperem muito de mim. Creio em Deus e
peço unicamente que se faça a sua vontade, mas também imploro a minha mãe que
convença meu pai de minhas vontades. Talvez assim se faça um bom filho? Aprendo
a fluir quando aprendo a navegar pelas infinitas veias da mentira. Deus, diga-me
como posso lhe agradecer isso que sinto em meu peito e que bate a cada instante,
feito chama que queima tudo que não é ela mesma, cedo ou tarde. Peço a ti,
coisa fria e inexistente, que não me proteja de meus inimigos que me batem nas
costas e apertam minha mão. Mas que antes lhes permita cravarem a adaga nos
meus muitos peitos. Pois esta é a estação da morte.
Filipe Zander
A beleza puríssima,profunda...aqui fez sua doce morada...Aqui é precioso.
ResponderEliminarAinda que não queiras que esperem muito de ti já tens muito a oferecer.
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