terça-feira, 23 de abril de 2013

Nuvens de me(n)tal

       

          No salto à Deus, no esticar da minha consciência, na luta contra nuvens de metal, feito raio vindo do alto, toco a base da fogueira e escorre o sangue do salvador, o qual eu tomo ao gargalo. Que corra em mim sangue bendito, feito aroma das rosas. Tua rosa bendita. Escalaras a cruz e no meio dela se introduziras.
          Nessa viagem metafisica. Sem resistência, sem resistência, sem resistência. Porque a verdade deve penetrar como naquela manhã de março, final de março, e o canto dos pássaros, que deve ressoar por toda a eternidade. E que nossa historia seja contada feito epifania, nos túmulos dos mortos. Eles contarão nossa historia. Eles! Não se apegue a historia nem a lembrança. RASGUEM SEUS CADERNOS, QUEIME SUAS CASAS, RASGUEM SUAS ROUPAS, SEUS LIVROS E PROJETOS, VAMOS ABANDONAR TUDO. Não se engane é uma mentira a tortura consigo mesmo. Nade para dentro, para a alma, para cima, para o oposto, para ele, nós 3, no lar, no amor, no todo. E no fim, como premio, tocar o outro, como ponto máximo do amor.  

Filipe Zander    

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