Oração ao Deus desconhecido
Antes de prosseguir no meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.
Sobre esses altares está gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te.
Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) em Lyrisches und Spruchhaftes (1858-1888). O texto em alemão pode ser encontrado em Die schönsten Gedichte von Friederich Nietzsche, Diogenes Taschenbuch, Zürich 2000, 11-12 ou em F.Nietzsche, Gedichte, Diogenes Verlag, Zurich 1994.
Texto: Leonardo Boff
MUITO IMPORTANTE FOI PARA MIM ENTRAR NESTE BLOG E LER ESTE BELO ARTIGO [COMO SEMPRE], DE FREI LEONARDO BOFF. NÃO FOSSE A ADMIRAÇÃO INDIVIDUALIZADA QUE TENHO POR ELE SE POTENCIALIZA PELA AMIZADE QUE O UNIA AO MEU AMIGO RUBEM ALVES, MEU ETERNO PASTOR - ATÉ PELOS MOTIVOS DE SEU AFASTAMENTO DA IPB - E MEU MENTOR INTELECTUAL E LITERÁRIO. POR TUDO OBRIGADO Á ADMINISTRAÇÃO DO BLOG
ResponderEliminar