Como o dedilhar inspirado
No violão de um velho músico.
Como um coração cansado
Que anseia a volta do lúdico.
Como a escrita de um poema
Sem um poeta,
Baseado em algum teorema,
De quem andou de forma reta.
Como um eremita em um deserto,
Seguindo firme e agonizante ao oásis mais perto.
Como a busca pelo invisível,
Ainda que tímido e vívido
O buscador do incognoscível.
Como quem quebra as regras,
E em terra fértil semeia,
Para fugir da areia
E firmar o pé nas pedras.
Como a flama. Sim! A flama.
Que seja mais que eterna essa chama
Para poder dizer não,
A auto consideração
E alimentar em meu coração
Aquela velha opinião.
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